terça-feira, 4 de dezembro de 2012

a insustentável leveza do ser

Andei a navegar no tumblr e aprendi a roubar imagens em movimento! Agora tenho um tumblr e um blog e já me disseram que o melhor era parar com isto, e escrever mas é o que tenho para escrever. E fazer mas é o que tenho para fazer! Eu, que não sou nem alguma vez serei minimalista, olho para os lados e vejo a quantidade enorme de coisas (materiais e imateriais) que vou re-colectando e a que tenho de dar destino, e nem sei por onde é que hei-de começar... O melhor, dizem os entendidos, é fazer listas (de preferência de tarefas), planear, se necessário recorrer a diagramas idiotas de perguntas e respostas -  Pergunta 1: Preciso disto? Hipótese 1: Não - Acção 1: Deitar fora; Hipótese 2 -  Sim; Acção 2: Voltar à pergunta 1 e reflectir melhor se realmente preciso disto. Não, decididamente esta aritmética não é para mim! 
Ontem ao jantar falávamos das casas onde já tínhamos vivido e a Maria dizia que estranhou quando mudámos para aqui. A casa estava muito branca, toda arrumada, faltava qualquer coisa. Pois, faltava o pó, faltavam os cheiros, os sapatos à porta, as roupas em cima da cama, os livros espalhados, a tralha! Depois, pouco a pouco, a casa começou a encher-se, fizeram-se almoços e jantares, organizaram-se festas, trouxeram-se cães e gatos, vieram os gritos, o barulho, a música, o cheiro das torradas, a areia que não sai dos tapetes, os casacos esquecidos em cima dos sofás, acumularam-se histórias que fizeram a casa e os que nela moram. Já nem sei ao certo a que propósito veio tudo isto! Acho que era qualquer coisa sobre aprendizagens e começos, e da dificuldade em arrumar a casa sem a despojarmos de vida e do majestoso peso dos dias. 

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