A mais nova acabou de chegar da escola, disse-me que ia ter com os amigos e que levava a cadela a passear, e eu perguntei instintivamente: levas o telemóvel? É que nem era preciso perguntar nada, porque os miúdos andam sempre com os gadgets atrás, telemóvel, i-pod..., mas aquilo que me importava era mesmo o telemóvel. E dei-me conta de que sou uma filho-telemóvel-addicted, dependência que deve afectar muitas mães e pais por aí. Ter os filhos contactáveis a qualquer hora, em qualquer instante, estando longe ou perto, parece que nos sossega. Ora, aquilo que me impressiona é como é que, há 25 anos, as nossas mães sobreviveram às nossas saídas e ausências sem este tranquilizante. E quando viajávamos para outros países, longe, muito longe, ficávamos fora semanas a fio, meses, e não havia telemóveis, nem internets, skypes ou facebook. Imagino a satisfação ao receber uma carta com notícias nossas a dizer que estávamos bem instalados e que nos andávamos a alimentar bem. E o conforto de ouvir a nossa voz, quando ocasionalmente ligávamos a pagar no destinatário. E fotos, só quando chegávamos e as revelávamos... Grandes, as mães que sobreviveram à década de 80!
Piccaddily Circus, Londres, Verão de 1988. Nós estamos algures por ali.
È verdade, como era possível?????? Mas também no nosso tempo tudo era mais calmo.
ResponderEliminarDesculpa mas havia uma cabine telefónica ao pé do campo onde apanhámos morangos no UK :)
ResponderEliminarPois, e quantas vezes é que a tua mãe ligou para a cabine telefónica??
ResponderEliminarTodas! :))))
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