O prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento distinguiu dois activistas iranianos, a advogada Nasrin Sotoudeh e o cineasta Jafar Panahi "uma mulher e um homem que não se renderam ao medo e à intimidação e que decidiram colocar o destino do seu país acima do seu próprio destino", segundo o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz. Nasrin Sotoudeh é advogada e defensora dos direitos humanos e representou ativistas da oposição presos e delinquentes juvenis condenados à pena de morte. Jafar Panahi é realizador, argumentista e editor e o primeiro iraniano a receber um prémio no Festival de Cinema de Cannes. Os seus filmes abordam recorrentemente as dificuldades das crianças, dos pobres e das mulheres no Irão (Agência Lusa). Foram ambos condenados pelo governo iraniano por ousarem lutar pela liberdade de expressão e pelos direitos civis no Irão, ambos impedidos de exercerem as suas profissões, de contactarem com o exterior, e no caso de Nasrin Sotoudeh, de ver os seus próprios filhos.
Por denunciar a repressão vivida no seu país, Nasrin Sotoudeh foi condenada a 11 anos de prisão e a 20 de proibição de exercer advocacia.
Jafar Panahi foi condenado pelo governo iraniano a seis anos de prisão e proibido de dar entrevistas e de filmar no país durante 20 anos. Em prisão domiciliária e impossibilitado de filmar, o cineasta iraniano Jafar Panahi decide "contar" um filme em vez de o "fazer", no documentário Isto não é um filme (2011).
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