sábado, 29 de dezembro de 2012

é bom não ser filho único

Porque passamos a infância a andar à chapada dia sim, dia sim, e não tornamos a vida dos nossos pais numa monotonia. Porque somos obrigados a ouvir as músicas pirosas dos nossos irmãos nas vésperas dos testes de matemática. E aturar os amigos deles. E dividir os mimos e o colo. E chamar nomes e puxar cabelos! E temos a quem enviar postais foleiros quando passamos as férias grandes separados: "Olá! Então, tens tido saudades minhas ou preferes não ter ninguém com quem partilhar o quarto? Tens acampado muito? Comprei um saco-cama altamente muito quentinho, depois vês. Sei que não gostas de escrever, mas podias mandar pelo menos um envelope vazio. É fixe receber cartas! Porta-te bem, até um dia destes." Ah, como é bom ter irmãos e invejar as suas festas de anos quando apagam as velas numa laranja, só porque nasceram entre o Natal e o Ano Novo e anda toda a gente enjoada de bolos! E caberão quarenta velas numa laranja? Alguém já sugeriu uma toranja...

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

anastasia

foto daqui

Anastasia Romanov foi a 4ª filha do czar Nicolau II da Rússia e da czarina Alexandra. Terá perdido a vida de forma trágica em 1918 quando foi executada, juntamente com toda a família, por soldados bolcheviques. Mas a sua morte permaneceu um mistério e ao longo dos anos foram muitas as mulheres que reclamaram a sua identidade. Anna Anderson, Magdalen Veres, Eugenia Smith, Eleonora Kruger, Natalya Bilikhodze... tantas que queriam ser Anastasia.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

a insustentável leveza do ser

Andei a navegar no tumblr e aprendi a roubar imagens em movimento! Agora tenho um tumblr e um blog e já me disseram que o melhor era parar com isto, e escrever mas é o que tenho para escrever. E fazer mas é o que tenho para fazer! Eu, que não sou nem alguma vez serei minimalista, olho para os lados e vejo a quantidade enorme de coisas (materiais e imateriais) que vou re-colectando e a que tenho de dar destino, e nem sei por onde é que hei-de começar... O melhor, dizem os entendidos, é fazer listas (de preferência de tarefas), planear, se necessário recorrer a diagramas idiotas de perguntas e respostas -  Pergunta 1: Preciso disto? Hipótese 1: Não - Acção 1: Deitar fora; Hipótese 2 -  Sim; Acção 2: Voltar à pergunta 1 e reflectir melhor se realmente preciso disto. Não, decididamente esta aritmética não é para mim! 
Ontem ao jantar falávamos das casas onde já tínhamos vivido e a Maria dizia que estranhou quando mudámos para aqui. A casa estava muito branca, toda arrumada, faltava qualquer coisa. Pois, faltava o pó, faltavam os cheiros, os sapatos à porta, as roupas em cima da cama, os livros espalhados, a tralha! Depois, pouco a pouco, a casa começou a encher-se, fizeram-se almoços e jantares, organizaram-se festas, trouxeram-se cães e gatos, vieram os gritos, o barulho, a música, o cheiro das torradas, a areia que não sai dos tapetes, os casacos esquecidos em cima dos sofás, acumularam-se histórias que fizeram a casa e os que nela moram. Já nem sei ao certo a que propósito veio tudo isto! Acho que era qualquer coisa sobre aprendizagens e começos, e da dificuldade em arrumar a casa sem a despojarmos de vida e do majestoso peso dos dias. 

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

cool

Santigold, Disparate youth

Don't look ahead, there's stormy weather
Another roadblock in our way
But if we go, we go together
Our hands are tied here if we stay

Oh, we set our dreams to carry us
And if they don't fly we will run
Now we push right past to find out
Or either win what they have lost

Oh ah, oh ah
We know now we want more
Oh ah, oh ah
A life worth fighting for
Oh ah, oh ah
We know now we want more
Oh ah, oh ah
A life worth fighting for
(...)

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

o substituto

Houve uma altura em que as regras eram outras. Nós, os pais, escolhíamos os filmes que elas viam. Mas os tempos mudaram e agora a ordem inverteu-se. Este é um dos últimos filmes que a Maria viu e recomendou. Não fosse ela uma viciada da sétima arte, ao ponto de andar indecisa se irá para Biologia Marinha ou Cinema...E eu, sinceramente, acho que ela se iria sair bem tanto num lado como noutro.


O substituto, Tony Kaye, 2012

Henry Barthes é um educador com grande talento para estabelecer ligação com os seus alunos. No entanto, Henry optou por enterrar o seu dom. Passando os dias como professor substituto, evita convenientemente quaisquer ligações emocionais ao não ficar tempo suficiente em lado nenhum para se apegar quer a alunos, quer a colegas. Quando é colocado numa escola pública, onde uma direcção frustrada e esgotada criou um corpo estudantil apático, Henry torna-se rapidamente num exemplo para os jovens desafeiçoados. Ao descobrir uma ligação emocional improvável com os alunos, os professores e uma adolescente foragida que recolhe das ruas, Henry apercebe-se de que não está sozinho na sua luta de vida e de morte para encontrar beleza num mundo aparentemente cruel e sem amor.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

as linhas com que me coso

Quando hoje acordei ainda era de noite. Já fui à escola duas vezes, primeiro às 7h15 e depois às 8h30. Estavam três graus quando saí de casa! A gata hoje saltou para cima da mesa e entornou uma chávena de chá, que foi parar ao chão e se desfez em bocados. Ainda não eram 8h00! Tenho uma nódoa negra enorme na perna esquerda, porque não sei onde ponho os pés e fui contra um pesado cadeirão de madeira. As bolachas que faço de tomate seco e alecrim são maravilhosas! Hoje reparei que estão a crescer cogumelos cor-de-laranja no meu quintal. Decidi que, para o Natal, irei oferecer livros ou presentes feitos por mim. Está um sol lindo, agora! Hoje há aula de hidroginástica e eu ainda não sei o que hei-de fazer para o jantar. Fiquei contente com o prémio do valter hugo mãe. Gosto do que escreve! Um dia vou oferecer, pelo Natal, a toda a gente  A máquina de fazer espanhóis.




Andrew Herman, 1937. Da colecção do MCNY

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

a meia-idade

Depois de vários anos de ausência, voltámos a ter televisão em casa o que, naturalmente, veio alterar algumas rotinas, sobretudo ao serão. As miúdas começaram a gravar filmes, séries e programas de culinária, informando-me, que tinham gravado a última temporada das Donas de Casa Desesperadas, propositadamente para mim. Apropriado, não? Eu, que não conhecia o humor sarcástico das donas de casa de Wisteria Lane, rendi-me e vi todos os episódios da 8ª e, pelos vistos última, temporada da série.
Num dos episódios, a propósito de memórias e coisas já vividas, uma das donas-de-casa fala da meia-idade: sabemos que chegámos à meia-idade quando as nossas recordações se tornam mais importantes do que os nossos sonhos. Ditado sábio, não?  Mas será assim? Será que esta simples matemática nos permite saber quando é que atingimos a meia-idade? E se acontecer que a memória nos falhe, de tal forma que, do passado, apenas consigamos identificar pequenos apontamentos, que não chegam a verdadeiras histórias? E se todas as manhãs acordamos com a cabeça cheia de novas ideias, que vão mudando ao longo do dia, e que à noite se transformam numa mão cheia de planos para a vida? E se tivermos herdado os genes da longevidade dos nossos avós e, feitas as contas, ainda não chegámos à metade? E se, apesar de tudo isto, ao olhar para os nossos filhos temos aquela sensação de que nos estamos a ver a nós há alguns anos atrás? E nos damos conta de que em menos de nada irão sair de casa com um monte de sonhos tão grandes, que tornam minúsculos os nossos? Pois é, a meia-idade é tramada, põe as coisas em perspectiva, ainda que com tudo desfocado...



Mãe e filha, templo de Tanah Lot, Bali, 2012

terça-feira, 27 de novembro de 2012

a literatura salva-nos do pessimismo do quotidiano

Sofiane Hadjadj, editor e escritor argelino, veio a Lisboa à Fundação Calouste Gulbenkian para falar de livros e não só. Em entrevista ao Público e a propósito do "ofício de viver "na Argélia, afirmou que a literatura pode salvar-nos de tudo, do pessimismo do quotidiano, dessa tentação da derrota e de nos dizermos todos os dias que tudo acabou. Eu acrescentaria que a literatura e todas as outras formas de arte e de expressão criativa nos salvam do pessimismo quotidiano.


Hotel by a railroad, Edward Hopper,1952

sábado, 24 de novembro de 2012

as ruas

As ruas desta vila têm chãos e muros de pedra. Algumas casas também. E estão quase sempre vazias, umas e outras.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

o melhor tiramisù do mundo


Tiramisù. Bater 4 gemas de ovo com 3 a 4 colheres de açúcar e juntar 200 g de queijo mascarpone. Misturar bem. Adicionar ao creme obtido 4 claras batidas em castelo. Numa travessa, alternar palitos la reine (ou palitos champanhe) molhados em café com o preparado anterior. Antes de servir polvilhar com chocolate ralado ou cacau em pó.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

lar doce lar

Na China, um casal de idosos recusou assinar um acordo de demolição da sua casa para construção de uma nova estrada. A compensação oferecida era insuficiente para cobrir os custos de uma nova casa.



Faz lembrar este filme:

Home, Ursula Meier, 2008

Uma auto-estrada há muito abandonada, estende-se por quilómetros de degradação e deserto. Bem perto dos rails de protecção apenas uma família vive a sua vida tranquila naquele lugar. Com a chegada do Verão, a construção da auto-estrada é retomada e anuncia-se a sua abertura à circulação de viaturas.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

um chá para Alice

Vladimir Cavijo, Rússia, 2010 

Iban Barrenetxea, Espanha, 2011

Havia uma mesa posta debaixo de uma árvore em frente da casa, onde estavam sentados a Lebre de Março e o Chapeleiro a tomar chá; um Arganaz dormia profundamente entre eles, servindo-lhes de almofada onde pousavam os cotovelos, ao mesmo tempo que falavam por cima da cabeça do bicho. "Não me parece nada confortável para o Arganaz", pensou Alice. "Mas como está a dormir, acho que não lhe faz grande diferença." A mesa era muito grande, mas os três estavam bem juntinhos a um canto. 
- Já não há lugar! Não há lugar! - gritaram eles quando viram Alice aproximando-se. 
- Há muitos lugares! - protestou Alice, indignada, e sentou-se num grande cadeirão a uma das cabeceiras da mesa.
-Toma um pouco de vinho - disse a Lebre de Março amavelmente. 
Alice olhou por cima da mesa de cima a baixo, mas só havia chá.
- Não há vinho - notou.
- Pois não há - confirmou a Lebre de Março.
- Então não foi lá muito delicado da tua parte oferecê-lo - disse Alice, zangada.
- Também não foi lá muito delicado da tua parte sentares-te sem teres sido convidada - ripostou a Lebre de Março.

Lewis Carrol, As aventuras de Alice no país das maravilhas, 1864

MF, 2012

A exposição Um chá para Alice estará até 10 de Fevereiro de 2013 no Museu Calouste Gulbenkian, em Lisboa. Nós fomos :)

terça-feira, 20 de novembro de 2012

massa fresca - parte 2

Tagliatelle com beringelas e atum. Cozer a massa fresca 2-3 minutos, escorrer e reservar. Cortam-se as beringelas aos cubos e aloiram-se num fio de azeite no wook. Temperar com sal e pimenta. Junta-se cebola picada, pimento vermelho cortado e deixa-se apurar. Acrescenta-se o atum e mistura-se no preparado anterior. Finalmente junta-se a massa já cozida e polvilha-se com cebolinho picado. Servir com queijo da Ilha ralado. Bom apetite!

Os créditos das fotos, da massa fresca e da preparação da iguaria são da cozinheira cá de casa com a ajuda dos primos.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

93


19.11.73 - Para a avó L. Desejamos à nossa avó um dia feliz e que este se repita por muitos anos bons, cheios de saúde e junto de todos nós. Das netas amigas A e T.

domingo, 18 de novembro de 2012

massa fresca

1 ovo por cada 100 gr de farinha

Misturar ovos e farinha, colocar água se necessário. Formar uma bola e deixar repousar 30 minutos no frigorífico. Cortar.

Estender a massa

E tagliatelle!

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

os SOJA

Afinal, parece que perdi mesmo um grande concerto! Pois é, enquanto eu enfardava hidratos de carbono ao som do Enola Gay, pai e filha divertiram-se à brava, com direito a kebab no final do espectáculo. Fiquei mesmo cheia de inveja. Não fosse a ida a Lisboa (ainda que por pouco tempo), ter estado com amigos, almoçado na Gulbenkian..., e eu afundava-me num lago de baba e ranho. Ai, como é bom às vezes sair do campo!  Obrigada Marta, por nos obrigares a estes programas (e pela foto).

Rest of my life, SOJA, 2009

domingo, 11 de novembro de 2012

Seja bem-vinda Sra Merkel

Amanhã, a dar as boas vindas à Sra Merkel, um vídeo que será exibido nos painéis do Turismo de Lisboa, a acompanhar a visita da chanceler alemã à cidade.



Eu sou um berlinense, Rodrigo Moita de Deus, 2012

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

os OMD


Enola Gay, Orchestral Manoeuvres in the Dark (OMD), 1980

Viemos a Lisboa ver os Soldiers of Jah Army, mais conhecidos por SOJA. Ou melhor eles, o pai e a filha (a mais nova), foram ver o concerto ao coliseu e eu fiquei em casa do cunhado porque só tínhamos dois bilhetes, um para a miúda e outro para quem a conseguisse encavalitar ao pescoço para tirar fotos à banda o que, obviamente e por razões médicas, foi decidido que seria um trabalho de pai. E então praqui fiquei eu, a comer frutos secos e bolachas Maria, enquanto folheava o jornal. Depois de ler as gordas e farta do endividamento externo, liguei o computador. Nos jornais on-line destaque à demissão do director da CIA por causa de um caso extra-conjugal, outra vez a dívida externa e, já sem paciência para a novela Isabel Jonet, pus-me a pesquisar SOJA no google. Afinal esta banda reggae já é antiga, o 1º álbum foi editado em 2000 e uma das músicas chama-se Nuclear Bomb, uma música anti-guerra sobre as consequências da bomba atómica usada no final da 2ª guerra mundial. Lembrei-me logo da canção dos OMD, Enola Gay, um dos maiores sucessos da música pop nos anos 80, que chegou ao 1º lugar do top em Portugal e noutros países da Europa. E aqui estou eu a ouvir repetidamente o Enola Gay dos OMD, já ouvi mais de 10 vezes e não me cansei. Que sonoridade, que ritmo, que acústica! E o clip? Desculpa lá filha, não me leves a mal, mas SOJA, não obrigada. Quando vierem cá os OMD conversamos!

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

mudam-se os tempos... a parvoíce é a mesma

Vistas bem as coisas, ser uma rapariga de 12 anos hoje é mais ou menos o mesmo que há 30 anos! É idolatrar uma banda pop (normalmente de rapazes giros), forrar os dossiers da escola e as paredes dos quartos com as fotos dos nossos ídolos, saber de cor as letras das músicas e seguir religiosamente a sua vida e todos os seus passos. Um destes dias andei a trocar cromos com a minha sobrinha que completa hoje essa belíssima idade e descobrimos que a grande diferença entre ser uma rapariga de 12 anos em 2012 e em 1982 é o acesso às novas tecnologias de informação e comunicação.  Ela é uma grande fan duma boys band londrina chamada One Direction, composta por 5 rapazes (Harry Styles, Liam Payne, Louis Tomlinson, Niall Horan e Zayn Malik) cheios de estilo. Eu adorava os também britânicos Duran Duran (Simon Le Bon, Roger Taylor, John Taylor, Nick Rhodes e Andy Taylor), grandes ícones da moda na altura.

One Direction, 2012

Duran Duran, 1982

Não há grandes diferenças, pois não?! Vejamos: em 1982 comprávamos a Bravo e a Coquete para coleccionar os posters e saber o que os nossos adorados andavam a fazer (ainda que com meses ou anos de atraso, mas isso o que importava?). Em 2012 compramos a Bravo e outras revistas para teenagers para coleccionar os posters e saber o que os nossos adorados andam a fazer. Ah, mas hoje temos a internet, há o youtube, existem milhares de páginas no facebook sobre os One Direction, onde se publica, ao minuto, o dia-a-dia dos rapazes. Se o Harry fizer uma tatuagem HOJE, eu sei que ele fez uma tatuagem HOJE. Em 1982 as músicas dos Duran Duran passavam na rádio e gravávamos cassetes, que ouvíamos até à exaustão. E com sorte, recebíamos pelo Natal ou no nosso aniversário o último LP. Socorro, ela acabou de perguntar o que é um LP!!!! Miúda, aquilo que colocamos no gira-discos e dá música!! Gira quê? Aquele coisa bué de velha que gira assim? E com o dedo faz o movimento circular repetidamente... Em 2012 não precisamos da rádio, temos a MTV e tiramos as músicas da net, que ouvimos nos nossos i-pods. Em 1982 as histórias dos rapazes da banda eram re-inventadas em cartas que enviávamos as nossas amigas. Tudo escrito em inglês! Em 2012 as fãs criam páginas do facebook (as fics) onde escrevem histórias k elas keriam k acontecessem com eles.

E é isto a essência de uma rapariga de 12 anos, hoje ou em 1982. Ser-se parva! Mas não há que ter preocupações, com o tempo passa. E vêm outras parvoíces....

she's sugar & spice

No início do Verão de 2000 estava eu nos EUA quando soube que a minha irmã, de novo grávida, ia ter uma menina lá para Novembro. Era a minha segunda visita esse ano ao National Cancer Institute com o objectivo de trabalhar, trabalhar, trabalhar, para despachar resultados e vir para casa depressa. O pouco tempo livre que tinha era gasto em curtas visitas ao mall, onde comprava comida e descobria pequenas utilidades que ali, no país das oportunidades, me eram dadas a conhecer em primeira mão. O presente que trouxe para a minha futura nova sobrinha foi um desses objectos nunca vistos. Uma máquina fotográfica descartável, cujo rolo tinha pré-impressas frases dedicadas aos futuros rebentos. Lindo!! (A minha irmã nunca me disse, mas suspeito que tenha achado tremendamente foleiro). E  a 7 de Novembro, há precisamente 12 anos, depois de desperdiçar mais de metade do rolo com fotos desenquadradas e tiradas ao engano (como a do candeeiro do quarto da maternidade com a legenda She's so cute...), conseguimos aproveitar uma ou outra com a menina.



She's sugar and spice! A minha querida sobrinha mais velha favorita... que um destes dias me andou a mostrar o que é que em 1982 as miúdas de 12 anos, como eu, andavam a perder. Num post escrito a duas mãos, já a seguir.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

para os da cidade se roerem de inveja...


No domingo de manhã, da janela do quarto. E agora com mais zoom para se ver melhor o rio...
As fotos são da Marta

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

a liberdade, outra vez

Mas esta é bem próxima, não é lá fora, é vivida cá dentro, é a nossa! Está-se já a tocar na liberdade é o título de um artigo de opinião de José Pacheco Pereira, publicado na edição do último sábado, 27 de Outubro, no jornal Público. Uma visão crítica e muito lúcida sobre as actuais políticas do governo e o abuso do poder que está a conduzir ao mais perigoso assalto actual à liberdade, o confisco colectivo que está a ser feito aos pobres e à classe média, com argumentos económico-morais, que nem são nem boa economia, nem moralidade nenhuma. 


terça-feira, 30 de outubro de 2012

criar raízes

 Um lugar para viver, Sam Mendes, 2009

Um casal viaja pela América à procura de um lugar melhor para começar uma família e criar o filho que está para nascer..

sábado, 27 de outubro de 2012

pela liberdade de pensamento

O prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento distinguiu dois activistas iranianos, a advogada Nasrin Sotoudeh e o cineasta Jafar Panahi "uma mulher e um homem que não se renderam ao medo e à intimidação e que decidiram colocar o destino do seu país acima do seu próprio destino", segundo o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz. Nasrin Sotoudeh é advogada e defensora dos direitos humanos e representou ativistas da oposição presos e delinquentes juvenis condenados à pena de morte. Jafar Panahi é realizador, argumentista e editor e o primeiro iraniano a receber um prémio no Festival de Cinema de Cannes. Os seus filmes abordam recorrentemente as dificuldades das crianças, dos pobres e das mulheres no Irão (Agência Lusa). Foram ambos condenados pelo governo iraniano por ousarem lutar pela liberdade de expressão e pelos direitos civis no Irão, ambos impedidos de exercerem as suas profissões, de contactarem com o exterior, e no caso de Nasrin Sotoudeh, de ver os seus próprios filhos.

Por denunciar a repressão vivida no seu país, Nasrin Sotoudeh foi condenada a 11 anos de prisão e a 20 de proibição de exercer advocacia.

Jafar Panahi foi condenado pelo governo iraniano a seis anos de prisão e proibido de dar entrevistas e de filmar no país durante 20 anos. Em prisão domiciliária e impossibilitado de filmar, o cineasta iraniano Jafar Panahi decide "contar" um filme em vez de o "fazer", no documentário Isto não é um filme (2011).

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

viagem a portugal

Para quem está por Coimbra e não teve oportunidade de ver, passa na 2ª feira, dia 29 de Outubro, no Teatro Académico de Gil Vicente, integrado na programação da 13ª festa do cinema francês. Com Maria de Medeiros, Isabel Ruth e Makena Diop nos principais papeis, conta ainda com Miguel Figueira em estreia cinematográfica.

Viagem a Portugal, Sérgio Trefaut, 2011

Um filme político sobre os procedimentos de controlo de estrangeiros nos aeroportos europeus e sobre o tratamento desumano, que é aceite como prática comum nos dias de hoje. Maria, uma médica ucraniana, aterra no aeroporto de Faro, em Portugal, com um visto de turismo. Entre todos os passageiros do seu avião, Maria é a única a ser detida e interrogada pela polícia de estrangeiros e fronteiras. A situação transforma-se num pesadelo quando a polícia percebe que o homem que espera Maria no aeroporto é senegalês. Imigração ilegal? Tráfico humano? Tudo é possível. Viagem a Portugal é um filme inspirado numa história real.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

não brinquem connosco



Exmo Sr Dr Jardim Gonçalves

Era preferível que, nos próximos tempos, tentasse limitar a sua exposição pública e se abstivesse do debate de ideias. Sabe, é que o aproveitamento jornalístico que foi feito na sequência desta entrevista, devido aos supostos 175 mil euros mensais da sua reforma, deixou um certo desconforto. Ouça, não duvidamos que trabalhou o suficiente, e que amealhou e contribuiu com o que devia para merecer a pensão que agora tem. E realmente não é nada justo que ninguém se revolte contra aqueles que nada fazem e ganham heranças descomunais, ou com os que acertam o euromilhões e só têm de marcar umas cruzes nos quadrados certos ou nem isso, e de repente, sem qualquer mérito, ganham fortunas. Pois é, este não é um mundo justo, mas convenhamos, 175 mil euros não rima com sacrifícios e austeridade. Por isso era melhor pôr-se agora de lado um bocadito, não aparecer nos jornais, na rádio ou na televisão. Tenha lá paciência, fique em casa, jogue às cartas, faça puzzles, leia umas revistitas cor-de-rosa e deixe-se estar. Não venha inquietar a nossa crise!

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

uma família em transição

A lula e a baleia, Noah Baumbach, 2005

Brooklyn, 1986. Bernard Berkman, académico e escritor, e a sua insatisfeita mulher Joan, aspirante a escritora, desistiram do seu casamento. Os seus dois filhos, Walt de 16 anos e Frank de 12, lutam com os seus sentimentos confusos e conflituosos. A experiência é uma terna, divertida e, em última análise, comovente passagem à idade adulta para Walt mas tortuosamente prematura para Frank. As tensões emocionais e choques que surgem durante este período tão penoso para os Berkman, são retratadas com notável subtileza, descrevendo uma família em transição, que aprende a redefinir-se.

domingo, 21 de outubro de 2012

aquelas socas amarelas


Coimbra, 21-10-1973


Querida Tila

Sinceramente, foi uma pena teres deitado fora as socas amarelas! Sabes, é que existe agora uma tendência no pronto-a-vestir chamada revivalismo, e em que tudo o que está fora de moda é moda. Se bem que isso a mim não me interesse muito porque, como sabes, nunca fui muito de modas, mas aprecio imenso estas coisas vintage. Hoje, por exemplo, até admitia colocar aquele sofá de flores na minha sala, ainda o terás por aí? Percebo que haja objectos que não possam ser guardados eternamente, ainda por cima se forem volumosos como sofás ou estantes, mas as socas, essas estão-me atravessadas... É que nem ocupavam quase espaço nenhum. Seria assim tão difícil guardá-las durante 40 anos?? Bom, mas hoje é dia de festa, estamos a preparar-nos para dar aí um salto. A pequena já não chucha no dedo e a mais crescida lá aceitou deixar o boneco em casa, mas insiste que tem de levar calçados os sapatos vermelhos...Olha lá, e as calças de xadrez??


sexta-feira, 19 de outubro de 2012

the old way

Suspeito que não vou sentir a falta do i-pad!

La dactylo du Vert Galant, Paris, 1947, Robert Doisneau

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

outra vez François Hollande

Porquê? Porque no meio de notícias que só falam de crise, austeridade, sacrifícios, desemprego e outras tantas coisas pesadas e tristes, esta é uma lufada de ar fresco. Em entrevista dada a seis jornais diários europeus, o presidente francês advertiu que “não é possível, para o bem comum, impor uma prisão perpétua a algumas nações que já fizeram sacrifícios consideráveis, se os seus povos não vêem, em momento algum, os resultados desses esforços. (...) Chegou a hora de oferecer uma perspectiva que não seja apenas a da austeridade". Hollande acredita que o pior da crise da zona euro já passou, mas que o melhor ainda não chegou. "Temos nós de construí-lo." Finalmente alguém com um discurso construtivo! Nós sabemos que está tudo mau, está tudo péssimo, terrível. Mas somos virtuosos, habilidosos e criativos, como já alguém disse. Vamos lá então, Senhor Presidente, entrar nesta saga da (re)construção do país e da Europa!

Valerie Trierweiler e François Hollande

Talvez o presidente francês seja um político astuto e um exímio conhecedor da psicologia humana, daqueles que sabem o que as pessoas querem ouvir, e empregam as palavras certas na hora exacta. Prefiro acreditar que não, e que os seus gestos são consequentes com o que diz.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

elas querem os TPC...

A notícia do Público de ontem dá conta da intenção do Presidente francês, François Hollande, em acabar com os TPC (trabalhos para casa) - em nome da equidade, porque nem todas as crianças têm o apoio dos pais nas tarefas da escola. A propósito disto, e da inflamada discussão gerada sempre à volta deste assunto, com pais, mães, professores e educadores, psicólogos e até os nossos governantes a questionar a obrigatoriedade dos TPC, se são ou não em excesso, se roubam às crianças o tempo que devia ser de brincar ou de não fazer nada, perguntei às miúdas se achavam bem que se acabasse com os TPC. E o que me responderam, numa das poucas vezes em que as vi de acordo, foi que não concordavam nada que os professores deixassem de pedir trabalhos de casa. Porque as obrigava a criar uma rotina de estudo que seria mais difícil de estabelecer se fosse imposta por elas, com a tentação da internet, e os filmes e as séries, e tudo, e tudo. Pelos vistos quem detesta os TPC sou eu, porque me obrigam, a mim, a quebrar a minha rotina - agora não, que tenho os tachos ao lume e esturrico o jantar; só um bocadito para eu acabar de escrever este e-mail; estamos à mesa venham jantar, está tudo à espera, fazem isso depois; o quê? não podemos ir a casa da avó por causa dos TPCs? Vá, deixemos lá a crianças com os seus TPCzitos, que elas até nem se importam. Desde que não sejam em exagero, claro está, porque ainda há que socializar no facebook, publicar no tumblr, não fazer nenhum... 

sábado, 13 de outubro de 2012

um mundo todo ele ao meu tamanho

Rádio Macau, Entre as memórias e o sonho

Vivo entre as memórias e o sonho
Num mundo paralelo à realidade
Onde tudo é tão fantástico e medonho
Bom demais até p'ra ser verdade

Um mundo onde o tempo é tão veloz
Que me leva numa dança sem sentido
Num rodopio de cores extraordinárias

Um mundo todo ele ao meu tamanho
Onde tudo se transforma, o que nomeio
E o medo que não digo mas que tenho
Com o medo se desfaz e parte ao meio

Um mundo onde o tempo é tão veloz
Que me leva numa dança sem sentido
Num rodopio de cores extraordinárias

Um mundo onde o tempo é tão veloz
Que me leva numa dança sem sentido
Num rodopio de cores extraordinárias

Extraordinárias.. extraordinárias..
extraordinárias

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

como é que as nossas mães sobreviveram?

A mais nova acabou de chegar da escola, disse-me que ia ter com os amigos e que levava a cadela a passear, e eu perguntei instintivamente: levas o telemóvel? É que nem era preciso perguntar nada, porque os miúdos andam sempre com os gadgets atrás, telemóvel, i-pod..., mas aquilo que me importava era mesmo o telemóvel. E dei-me conta de que sou uma filho-telemóvel-addicted, dependência que deve afectar muitas mães e pais por aí. Ter os filhos contactáveis a qualquer hora, em qualquer instante, estando longe ou perto, parece que nos sossega. Ora, aquilo que me impressiona é como é que, há 25 anos, as nossas mães sobreviveram às nossas saídas e ausências sem este tranquilizante. E quando viajávamos para outros países, longe, muito longe, ficávamos fora semanas a fio, meses, e não havia telemóveis, nem internets, skypes ou facebook. Imagino a satisfação ao receber uma carta com notícias nossas a dizer que estávamos bem instalados e que nos andávamos a alimentar bem. E o conforto de ouvir a nossa voz, quando ocasionalmente ligávamos a pagar no destinatário. E fotos, só quando chegávamos e as revelávamos... Grandes, as mães que sobreviveram à década de 80!

Piccaddily Circus, Londres, Verão de 1988. Nós estamos algures por ali.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

os tempos que mudam

Les temps qui changent, André Téchiné, 2004

A história de Antoine (Gérard Depardieu), que chega a Tânger para supervisionar a construção de um centro audiovisual, cujos prazos de execução não estão a ser cumpridos. Em Tânger volta a encontrar Cécile (Catherine Deneuve), com quem teve um relacionamento há trinta anos. Cécile esqueceu Antoine, casou em Marrocos e reconstruiu a sua vida. Partiu para a África do Norte e atravessou todas as provas de uma rotina conjugal com Nathan, um médico judeu marroquino, mais novo que ela. Os dois têm um filho, Samy, que vive em Paris e que chega também na mesma altura para visitar os pais. Já Antoine nunca conseguiu esquecer, nem curar as feridas. E agora tem apenas uma única ideia em mente: reconquistar Cécile.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

bolo de noz

E pronto, a apanha deste ano já está! A nogueira foi varejada, as nozes apanhadas praticamente todas já sem casca, o que nos poupou aquele trabalho horrível de as descascar. Agora, depois de lavadas, vão ficar a secar ao sol durante algumas semanas, para que fiquem comestíveis. Há quem as tenha provado e diga que já estão boas. Algumas talvez, mas vamos esperar e deixar que o tempo trate delas.
Para o bolo usámos as nozes que ainda havia do ano passado, 200 gr trituradas. E ainda 7 ovos pequenos (podem ser 6 se forem grandes), 125 gr de açúcar amarelo, 1 colher de chá de fermento em pó, 150 ml de leite e 200 gr de farinha. Primeiro batemos as claras em castelo e reservámos. Depois as gemas foram misturadas com o açúcar até obter um creme, ao qual juntámos as nozes trituradas, a farinha, o fermento e o leite, misturando bem. No fim juntámos as claras em castelo e colocámos o preparado numa forma untada e polvilhada. Foi ao forno a 180ºC até cozer (não controlámos o tempo, foi até o palito vir seco quando espetado no meio do bolo). Depois de arrefecer cobrimos com natas batidas com açúcar, e decorámos com metades de nozes e chocolate derretido.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

yes!


Foi o que ela gritou quando ainda há pouco ouviu a notícia na rádio. Afinal ainda não é este ano que os alunos do 12º ano vão ter de estudar a matéria de três anos lectivos nos exames nacionais. Avanços e recuos de um ministério que parece andar à deriva. Foto original da Daniela

domingo, 7 de outubro de 2012

histórias da vida privada

Numa manhã de Outono, mulheres e crianças aguardam o barco no cais. As crianças brincam e riem, olham o rio e o movimento das águas. As mulheres conversam. A mãe amamenta o filho, descontraída. É a naturalidade deste gesto íntimo, numa imagem do início do século passado, que é ao mesmo tempo desconcertante e bela. 


Um cais no rio Hudson, NY, USA. 1901. Da colecção do Museum of the City of New York.

domingo, 30 de setembro de 2012

the art of domestic happiness

Um ano mais, Mike Leigh, 2010.

Tom e Gerri atingiram a maturidade do amor e da felicidade, vivendo uma existência simples e descomplexada - ou, pelo menos, assim parece. O mesmo, porém, não se pode dizer daqueles que os rodeiam: uma amiga a passar por uma crise de meia-idade, um amigo alcoólico em busca de uma nova oportunidade no amor, o filho com a nova namorada, o irmão de Tom, Ronnie, em depressão após a morte da mulher. Ao sabor das estações do ano, eles vão oferecendo conforto a quem os procura, ao mesmo tempo que vão revelando um pouco mais sobre si próprios.

sábado, 29 de setembro de 2012

protestar


Nova Iorque, Fevereiro de 1909. Piquetes de greve, na que ficou conhecida como a Uprising of the 20,000, a maior greve das trabalhadoras da indústria do vestuário, nos EUA.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

é preciso insistir

Temos que insistir com as nossas crianças. Para que estudem, leiam bons livros e vejam bons filmes, obrigá-las a ir a exposições mesmo que não queiram, que arrumem o quarto, cheguem cedo nas saídas nocturnas, que ajudem nas tarefas da casa, incluindo cozinhar. E se há coisas que elas fazem de boa vontade, outras há que temos mesmo de insistir. Muito. Porque o resultado pode ser surpreendente. E foi assim que a nossa mais velha entrou na onda e fez o jantar. 


Rigatoni com alheira. Pelar duas alheiras, cortar às rodelas e grelhar na chapa. Entretanto cozer a massa. Na panela wook colocar 1 cebola picada, pimento vermelho cortado aos quadradinhos pequenos, cebolinho picado e um fio de azeite. Deixar alourar e juntar quadrados de queijo ilha e azeitonas. Por fim acrescentar a massa cozida, os bocados de alheira grelhados e um pouco de queijo mozarella. Salpicar com salsa ao servir. Acompanhar com salada de alface e tomate.

A foto é mérito da nossa mais nova e não foi preciso insistir.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

luanda


Luanda, 11-12-42. À nossa mãe e avó muito amiga ofereço a fotografia de sua filha e neta queridas. L e N

Querida mãe
Se estivesse viva ia gostar de saber que a neta cresceu bem e saudável, com as maleitas próprias das crianças em crescimento. Bom, no caso dela alguns males tardavam em passar, aos 8 anos até teve de ser internada em Lisboa por causa da difteria. Sabe, mesmo tendo sido criada em África nunca deixou de ter aversão aos bichos e, veja lá, que era uma trabalheira levá-la à praia. Tinha muito medo da água e das alturas. Não imagina o que aconteceu no dia da 1ª comunhão. Tão linda, vestida de branco, teimou que não ia levar a salva e rompeu num chorrilho de asneiras que até fez corar o padre. Mas tornou-se uma rapariga bonita e hoje está bem casada, tem uma filha e dois netos adoráveis. A vida corre-lhe bem, julgo. E o tempo passa...esta sua neta já faz 70 anos. L. 26-09-2012

terça-feira, 25 de setembro de 2012

ler no sofá

É o que apetece num dia assim. Neste quadro de Vanessa Bell (1879-1961), a pintora retratou duas das suas netas, Amaryllis e Henrietta, entretidas com a leitura. Vanessa Bell era irmã de Virgínia Woolf e também ela pertencia ao famoso Grupo de Bloomsbury. 


Amaryllis e Henrietta, 1952, Vanessa Bell

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

professores e alunos

Agora que o ano lectivo começou, vale a pena ver (ou rever) um filme sobre bons e maus professores e bons e maus alunos. E naquilo que uns podem transformar os outros.



Os coristas, Christophe Barratier, 2004

Em 1949, Clément Mathieu, um professor de música desempregado, aceita trabalho como supervisor num colégio interno para re-educação de menores. Apesar da sua boa vontade, o sistema repressivo aplicado por Rachlin, o actual director, impossibilita Mathieu de exercer a sua autoridade sobre os alunos mais problemáticos. A sua missão de ensinar parece condenada ao fracasso mas ao familiarizar as crianças com a magia do canto, Mathgieu vai transformar para sempre as suas vidas...

domingo, 23 de setembro de 2012

domingo

Para o almoço, esparguete com pesto caseiro (algumas folhas de manjericão, nozes e pinhões, um pouco de queijo já seco, azeite e uma pitada de sal, tudo triturado), acompanhado de uma salada de alface e uma travessa de tomate maduro com queijo mozzarella e frutos secos. Ao jantar uma sopa de couve lombarda e pizza caseira (200 ml água, 50 g azeite, 400 g farinha, 2 colheres chá de fermento em pó e uma pitada de sal; amassar alguns minutos, formar uma bola com a massa e estender num tabuleiro; cobrir com massa de pimentão e espalhar o que houver no frigorífico - paio, milho, azeitonas, queijo; por fim, um fio de azeite e umas folhas de manjericão fresco). Maçã starking do pomar para sobremesa. Durante a tarde, duas máquinas cheias de roupa e mais alguma que ficou por lavar. E o tempo de Outono que chegou e a roupa no estendal que não vai secar... amanhã é outro dia.


Andrew Herman, 1940. Da colecção do Museum of the City of New York

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

nevoeiro


Tudo é incerto (...) tudo é disperso, nada é inteiro - Nevoeiro, Mensagem, Fernando Pessoa

E é difícil distinguir o que é real, daquilo que imaginamos. Por isso tudo é possível...

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

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